Os preços de alguns fertilizantes registraram queda nos últimos meses. Um exemplo são os fosfatados, que caíram para o menor patamar em treze anos. Muitos produtores aproveitaram a alta dólar para antecipar as compras da safra 2020/2021.
O consultor da FCStone, Marcelo Mello afirma que esse passo indica que os produtores estão programando mais a compra de insumos, percebendo a importância de gerenciar isso.
“Os fertilizantes, no caso o NPK, chegaram a um preço muito baixo em dezembro de 2019. Atingindo o menor patamar dos últimos 13 anos. E os produtores, percebendo isso, anteciparam as compras para a safra 2020/2021”, afirma Mello.
Para o analista as recentes altas do dólar não devem fazer o Brasil puxar os freios nas compras.
“O dólar em elevação não deve diminuir as importações e o Brasil deve comprar bem. Podendo, pelo segundo ano seguido, bater recorde em entrega de fertilizantes em 2020. Quando o dólar sobe forte assim, o primeiro impulso do produtor é atrasar um pouco a compra de fertilizantes, esperando o preço cair
Entretanto, os produtores precisam gerenciar de maneira correta o momento e a maneira de fazer a troca.
“O importante é o produtor gerenciar as taxas com que ele comprará os insumos. Preferencialmente, tentando fazer, no mesmo momento, a venda de uma parte dos grãos que ele vai colher”, diz Mello.
Segundo o analista da FCStone, o Brasil reduziu a produção de fertilizantes em 9% de 2018 para 2019, por duas razões.
Para ele, o Brasil deve recuperar parte destas perdas em 2020, já que ambas paralisações que levaram a quebra, agora serão retomadas.
“Já em 2020, o país pode recuperar os 9% perdidos, ou parte disso, pelo menos. Em dezembro foi feito um acordo entre a Petrobrás e uma empresa da Bahia e ela arrendou essas plantas por 10 anos, trazendo de volta o crescimento da produção. A Mosaic também deve retomar a produção em Minas Gerais”, finaliza.