O mercado brasileiro de soja teve bom ritmo de movimento nesta terça-feira (8). Apesar de terem encerrado em baixa, dólar e Chicago tiveram momentos de ganhos ao longo do dia e os agentes aproveitaram estes picos para negociar.
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Os preços tiveram comportamento regionalizado, mas os ganhos predominaram.
Por conta disso, em Passo Fundo (RS), a saca de soja de 60 quilos subiu para R$183. Ao mesmo tempo, na região das Missões (RS), a cotação avançou, chegando em R$182. Já no Porto de Rio Grande (RS), o preço foi para R$191.
Simultaneamente, em Cascavel (PR) o preço aumentou de R$ 181 para R$ 183,50 a saca, assim como no porto de Paranaguá (PR), onde a saca avançou de R$ 188 para R$ 190,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca foi para R$ 169 e em Dourados (MS), a cotação foi para R$ 175.
Por fim, para Rio Verde (GO), a saca subiu para R$ 172,50.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam o dia com preços mais baixos. A véspera do relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), vendas técnicas e a queda de mais de 2% do petróleo suplantaram o impacto positivo das novas vendas anunciadas hoje por parte de exportadores privados.
O USDA divulgou que foram negociadas 138,7 mil toneladas para a China, 144 mil para o México e 132 mil toneladas para destinos não revelados. Mas o mercado optou por manter a realização de lucros em dia muito volátil.
Sobre o USDA, analistas consultados pelas agências internacionais apostam em produção de 4,324 bilhões de bushels em 2022/23. Em outubro, a previsão ficou em 4,313 bilhões de bushels. Para os estoques finais, o mercado indica número de 215 milhões para a temporada 2022/23. Já em outubro, a previsão do USDA era de 200 milhões
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2022/23 de 100,9 milhões de toneladas, contra 100,5 milhões estimados em outubro. Para 2021/22, a aposta é de estoques se mantendo em 92,4 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 3,75 centavos ou 0,25% a US$ 14,46 1/2 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 14,53 1/2 por bushel, com perda de 4,75 centavos de dólar ou 0,32%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 0,30 ou 0,07% a US$ 419,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 75,03 centavos de dólar, com perda de 1,30 centavo ou 1,7%
O dólar fechou em queda de 0,44%, cotado a R$ 5,15. Apesar das incertezas sobre a equipe econômica do governo Lula (PT), o mercado vislumbra a possiblidade de nomes mais técnicos, o que é tido como positivo.