Os preços da soja brasileira despencaram nesta segunda-feira (3). No entanto, a queda foi especulativa, acompanhando o tombo do dólar. A alta de Chicago praticamente não teve influência sobre o movimento no Brasil. Sem negócios realizados, esses preços foram nominais.
Foto: Pixabay
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em alta. Após o tombo de sexta, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou estoques trimestrais acima do esperado, o mercado teve um dia de recuperação. A forte alta do petróleo e inspeções acima do esperado ajudaram na elevação.
Mas os ganhos foram limitados ainda pelo relatório do USDA, pelo avanço da colheita nos Estados Unidos e pelo início do plantio acelerado no Brasil. O plantio da safra de soja 2023/23 do Brasil atingiu 4,5% da área total esperada até o dia 30 de setembro. A estimativa parte de levantamento de Safras & Mercado. A semeadura está acima de igual período do ano passado (4,0%) e acima da média dos últimos cinco anos (3,1%).
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 575.220 toneladas na semana encerrada no dia 15 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo USDA. O mercado esperava número em 475 mil toneladas.
Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 291.413 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado fora de 849.556 toneladas. No acumulado do ano-safra, iniciado em 1o de setembro, as inspeções somam 1.781.273 toneladas, contra 1.839.555 toneladas no acumulado do ano-safra anterior.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com alta de 9,25 centavos ou 0,67% a US$ 13,74 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 13,84 por bushel, com ganho de 8,50 centavos de dólar ou 0,61%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 2,30 ou 0,57% a US$ 405,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 63,34 centavos de dólar, com ganho de 1,78 centavo ou 2,89%.
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 4,05%, sendo negociado a R$ 5,1760 para venda e a R$ 5,1740 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1530 e a máxima de R$ 5,3110.