O mercado físico de soja brasileiro iniciou a semana com bom ritmo de negócios. Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, a disparada do dólar mais do que compensou a queda dos prêmios e a queda das cotações futuras do grão em Chicago, sustentando os preços domésticos da oleaginosa.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira (26) com preços em forte baixa, perto das mínimas do dia. O clima de aversão ao risco no mercado financeiro global também afetou as commodities agrícolas. O avanço da colheita nos Estados Unidos e as inspeções fracas de exportação completaram o cenário negativo.
O temor em torno de uma recessão global provocou fortes perdas no petróleo e nas bolsas de valores. O dólar subiu frente a outras moedas. Os investidores fogem de opções de maior risco e se refugiam na moeda americana. Com dólar alto, as commodities agrícolas de exportação daquele país perdem competitividade.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 257.547 toneladas na semana encerrada no dia 22 de setembro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado apostava 600 mil toneladas. Na semana anterior, as inspeções de exportação de soja haviam atingido 519.698 toneladas.
No Brasil, o avanço do plantio também contribuiu para o recuo. O plantio da safra de soja 2023/23 do Brasil atingiu 2% da área total esperada até o dia 23 de setembro. A estimativa parte de levantamento de Safras & Mercado. A semeadura iniciou acelerada nesta temporada superando o total plantado em igual período do ano passado e acima também da média dos últimos cinco anos, ambos indicados em 0,8%.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 14,50 centavos ou 1,01% a US$ 14,11 1/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 14,16 1/4 por bushel, com perda de 15,50 centavos de dólar ou 1,08%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,80 ou 1,37% a US$ 417,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 62,46 centavos de dólar, com perda de 1,22 centavo ou 1,91%.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,43%, sendo negociado a R$ 5,3760 para venda e a R$ 5,3740 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2930 e a máxima de R$ 5,4170.