Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais baixos nesta quarta-feira (10) no mercado brasileiro. As cotações foram pressionadas pelo recuo do dólar. Chicago operou em alta na maior parte do dia, mas fechou misto. A movimentação seguiu moderada.
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mistos. Após ganhos na maior parte do dia, o mercado consolidou nas últimas operações, realizando lucros e buscando um melhor posicionamento frente ao relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta.
Durante boa parte da sessão, o mercado encontrou sustentação na previsão de clima seco nos Estados Unidos, na nova venda de 196 mil toneladas de produto norte-americano para a China e na menor aversão ao risco. A inflação abaixo do esperado nos Estados Unidos trouxe otimismo ao financeiro.
Mas, no final, o mercado cedeu a um movimento de realização de lucros. Os operadores aguardam os números do USDA. Nesta quinta (11), será divulgado o relatório de exportações semanais. O mercado espera embarques entre 400 mil e 900 mil toneladas. Na sexta é a vez do relatório mensal.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com baixa de 3,25 centavos ou 0,21% a US$ 15,09 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 14,27 3/4 por bushel, com perda de 1,00 centavo de dólar ou 0,06%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com alta de US$ 0,50 ou 0,11% a US$ 449,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 67,38 centavos de dólar, com ganho de 1,62 centavo ou 2,46%.
O dólar fechou em queda de 0,79%, cotado a R$ 5,0880. A moeda foi impactada diretamente pela inflação norte-americana, que se manteve estável em julho ante expectativas de alta de +0,2%. Esta desaceleração inflacionária fez com que aumentassem as apostas para um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais brando na reunião de setembro.