O mercado brasileiro de soja teve mais um dia de poucos negócios, reflexo do comportamento contrário dos principais referenciais para a formação dos preços internos. O dólar subiu bem, mas Chicago recuou. Com isso, a segunda-feira (24) foi marcada por cotações nominais e regionalizadas.
– Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos subiu de R$ 186,50 para R$ 187,50
– Região das Missões: a cotação avançou de R$ 185,50 para R$ 186,50
– Porto de Rio Grande: o preço aumentou de em R$ 185,50 para R$ 188,00
– Cascavel (PR): o preço recuou de R$ 177,50 para R$ 174,50 a saca
– Porto de Paranaguá (PR): a saca baixou de R$ 183,00 para R$ 180,00
– Rondonópolis (MT): a saca permaneceu em R$ 164,00
– Dourados (MS): a cotação seguiu em R$ 167,00
– Rio Verde (GO): a saca subiu de R$ 164,00 para R$ 165,00
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. O retorno das chuvas sobre as regiões mais afetadas pela estiagem na América do Sul e a previsão de mais precipitações do longo da semana pressionaram o mercado.
As commodities também tiveram o desempenho comprometido pela performance de outros mercados, em meio a um clima de forte aversão ao risco no cenário financeiro. A tensão entre Estados Unidos e Rússia, envolvendo a questão da Ucrânia, e a expectativa com a definição da política monetária norte-americana pesaram sobre ações e petróleo e sustentaram o dólar frente
a outras moedas.
As inspeções de exportação norte-americana de soja chegaram a 1.297.802 toneladas na semana encerrada no dia 20 de janeiro, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1,45 milhão de toneladas.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 132.000 toneladas de soja para a China. Do total, 66 mil toneladas serão entregues na safra 2021/22 e 66 mil toneladas na temporada 2022/23.
Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 11,25 centavos de dólar por bushel ou 0,79% a US$ 14,03 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,11 por bushel, com perda de 12,00 centavos ou 0,84%.
Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 1,20 ou 0,3% a US$ 393,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 61,97 centavos de dólar, com baixa de 1,03 centavo ou 1,63%.
O dólar comercial fechou em R$ 5,5060, com alta de 0,93%. A moeda norte-americana foi pressionada durante toda a sessão pela expectativa de anúncio do aumento dos juros nos Estados Unidos, assim como pela tensão na Ucrânia e pelos ruídos fiscais domésticos.