O plantio de milho já está praticamente encerrado nos Estados Unidos, e, mesmo assim, ainda há uma preocupação com o clima, que vem mexendo com os preços internacionais. A Safras & Mercado avalia que novas altas podem acontecer, caso as projeções de seca para áreas produtoras se confirmem.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari.
– Com a China, aparentemente, abastecida para a safra velha, até setembro, o mercado tenta alguma acomodação por teórica retração da demanda de exportação nos Estados Unidos;
– Plantio nos EUA e na China praticamente encerrado, com 95% da área prevista plantada até a última semana e 76% das lavouras em boas a excelentes condições nos EUA;
– Contudo, mapas mudam de trajetória e mostram forte onda de calor em junho para todo o Meio-Oeste e corte acentuado das chuvas, inclusive nas regiões que já estão secas;
– O mercado então reverteu a curva de pressão nas cotações para encontrar novas altas;
– Se os mapas mantiverem o perfil climático, um certo ambiente de pânico pode se instalar na Bolsa de Chicago (CBOT). Se as chuvas retornarem os preços podem voltar a se acomodar;
– No Brasil, milho safrinha somente vai confirmando o seu perfil de fortes perdas de produção com acentuação em GO, MG e SP;
– As chuvas em várias localidades no início de junho chegaram tarde para reverter perdas. Alguma melhoria no enchimento de grãos, mas reverter as perdas é simplesmente impossível. Lavouras mais verdes não refletem o que esta já definido nas espigas;
– Colheitas de milho no Mato Grosso devem começar de forma discreta a partir da próxima semana e volumes maiores somente a partir do final do mês;
– Demais estados apenas a partir de julho em maior volume;
– Mercado interno de milho segue complicado em aparecimento de ofertas, mas esta combinação de decisão de venda do produtor e fluxo de exportação definirá preços;
– Colheita é colheita e sempre há algum tipo de pressão nas cotações.