Agenda:
A arroba do boi gordo calculada pelo Cepea ficou praticamente estável após romper os R$ 300. A cotação subiu 0,02% e passou de R$ 301 para R$ 301,05. Dessa forma, no acumulado do ano, os preços alcançaram uma alta de 12,69%. O mercado tem apresentado períodos curtos de estabilidade após altas firmes para testar a demanda interna por carne bovina.
A expectativa de extensão do auxílio emergencial ou criação de um novo programa social que aumente a cobertura do Bolsa Família pode ter efeito positivo nos preços do boi gordo nos próximos meses. Atualmente, a demanda do mercado interno por carne bovina parece estar perto do limite de capacidade de absorção da valorização das cotações.
Os preços do milho no mercado brasileiro, que haviam ensaiado uma pequena recuperação entre o fim da semana passada e o início desta, voltaram a perder força. O indicador do Cepea recuou 1,1% e passou de R$ 83,95 para R$ 83,03 por saca. Foi o menor patamar alcançado pela cotação em pelo menos 20 dias.
No mercado futuro, os contratos de milho negociados na B3 também tiveram quedas. O vencimento para março passou de R$ 88,17 para R$ 87 por saca e do maio foi de R$ 85,18 para R$ 84,66 por saca.
A consultoria Safras & Mercado voltou a reportar preços mais baixos da soja no mercado brasileiro. As cotações seguiram o movimento de queda observado para a oleaginosa negociada em Chicago e a desvalorização do dólar em relação ao real. A colheita segue lenta com as chuvas atrapalhando o avanço em algumas regiões. E dessa forma, os produtores se afastam dos negócios.
Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 166 para R$ 163. No porto de Paranaguá (PR), recuou de R$ 166 para R$ 165. Em Rondonópolis (MT), baixou de R$ 155 para R$ 153. Em Chicago, o bushel da soja passou de US$ 13,652 para US$ 13,546.
O indicador do café arábica recuou seguindo os movimentos do câmbio e das cotações em Nova York. Porém, a queda foi pequena em comparação com os avanços dos últimos dias e manteve os preços em patamar elevado. A saca passou de R$ 672,19 para R$ 669,7, uma baixa de 0,37% na passagem do dia. Esse ainda é o segundo valor mais alto da série histórica.
Em Nova York, o contrato para março baixou de US$ 1,2535 para US$ 1,234 por libra-peso. O mercado passou por uma correção técnica após os ganhos da segunda-feira e ficou pressionado pela perspectiva de fortes exportações brasileiras.
A diminuição do risco especulativo causado por investidores individuais, que decidiram apostar contra grandes fundos, segue favorecendo as bolsas globais. O movimento coordenado de compras de ações preocupou o mundo e alavancou as medidas de risco dos índices norte-americanos. Com as restrições impostas por corretoras importantes para este tipo de negociação, a aversão ao risco tem diminuído nesta semana.
Na Europa, o cenário político ganhou destaque na agenda com as notícias de que o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi poderia formar um governo de união na Itália.
Nos Estados Unidos, os investidores voltam a focar em discussões políticas sobre novos estímulos econômicos. O presidente Joe Biden prometeu um acordo de US$ 1,9 bilhão, mas encontra resistência de senadores republicanos que querem um valor menor que pressione de maneira mais forte a dívida do país.
A produção industrial, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avançou além do projetado em dezembro, subiu 0,9% na comparação mensal e 8,2% na comparação anual. Ainda assim, o setor não conseguiu recuperar totalmente os efeitos negativos da pandemia e o resultado fechado de 2020 foi uma queda de 4,5%.
O IBGE pontuou que a indústria ainda se encontra 13,2% abaixo do seu patamar recorde, alcançado em maio de 2011. O avanço mensal da atividade industrial alcançou 17 dos 26 ramos pesquisados e três das quatro grandes categorias econômicas levantadas. As atividades que tiveram destaque positivo foram a Metalurgia, os Veículos automotores, reboques e carrocerias e as Indústrias extrativas.