As altas temperaturas nos últimos dias na Argentina, têm provocado o deslocamento das cinco nuvens de gafanhotos no norte do país, de acordo com informações do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), que está em contato constante com técnicos e autoridades argentinas com técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa)
O Senasa divulgou um mapa geral da situação dos insetos, que colocam quatro províncias, Formosa, Chaco, Salta e Santiago Del Estero, em situação de perigo pela presença da praga. Outras sete províncias aparecem em situação de ameaça, pelo risco de deslocamento das nuvens: Jujuy, Tucuman, Catamarca, La Rioja, Córdoba, Santa Fé e Entre Rios.
Foto: Senasa/Divulgação
Os técnicos do órgão seguem monitorando três nuvens em Salta, em regiões próximas às divisas com Formosa, Chaco e Santiago Del Estero. Outras duas nuvens seguem se deslocando em Santiago Del Estero – na verdade, são três grupos e insetos na província, já que os técnicos consideram que uma das nuvens se dividiu em duas.
Com o calor tornando as nuvens mais agitadas, os técnicos estão tendo dificuldades em localizar pontos de pouso dos insetos a tempo de preparar operações de pulverização. Além disso, no último final de semana uma das nuvens chegou a se deslocar quase 250 quilômetros em três dias.
Prontidão no Brasil
Enquanto isso, autoridades brasileiras seguem reforçando o alerta para enfrentamento da praga, caso as nuvens alterem o rumo de seu deslocamento. Mesmo com a nuvem mais próxima estando ainda a quase 600 quilômetros da fronteira gaúcha, também permanece a prontidão de cerca de 70 aviões oferecidos pelo Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola para eventuais ações de combate à praga. Número que pode ser ampliado, já que o Estado conta com mais de 400 aeronaves agrícolas.
O Ministério da Agricultura declarou Emergência Fitossanitária para Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda em junho, quando uma nuvem de gafanhotos havia chegado à província argentina de Corrientes, na fronteira gaúcha.
A nuvem que circulou em junho por Corrientes foi neutralizada no final de julho em Federaración, província de Entre Rios, na fronteira com o Uruguai. Após as pulverizações com tratores e avião, as ações ali seguem com extermínio de pequenos grupos de insetos desgarrados, mas sem risco para os produtores gaúchos. Mas todo plano no lado brasileiro ainda segue valendo pelos próximos meses.