Se existe uma informação no qual todo o produtor de soja deve ficar atento é sobre a relação de troca do grão pelo insumo. Afinal, com base nisso, são definidos os custos de produção e a perspectiva de necessidade do preço futuro, para se conseguir a famosa rentabilidade. Em Mato Grosso (em fevereiro) o preço da soja caiu, ao mesmo tempo que o valor do principal insumo subiu. Ainda assim a relação de troca é compensadora, afirma o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Com base nos dados da entidade, o preço médio comercializado da soja em fevereiro para a safra 2020/2021 foi de R$ 74,45 por saca, o que demonstra uma alta de 3,46% em relação ao mês anterior.
Já o preço médio do fertilizante 00.18.18, muito utilizado no manejo da cultura, aumentou 4,83% no período. Com isso, a relação de troca a prazo safra (barter) ficou menos atrativa ao produtor neste mês, mas ainda se mantém abaixo (- 11,32%) das relações percebidas em 2019 para o mesmo período, quando os fertilizantes estavam muito caros internacionalmente e a soja estava precificada a R$ 66,94 por saca.
“Dessa forma, com todas as dúvidas em relação à oferta e demanda mundial do próximo ano e aos impactos do coronavírus na economia mundial, as relações de troca mais favoráveis neste momento podem trazer ao sojicultor mato-grossense uma oportunidade de avançar nas negociações e fixar seu custo de produção da safra 2020/2021”, diz o Imea.
O preço da soja em Mato Grosso continua subindo em Mato Grosso. Na última semana o valor da saca subiu 3,21%, chegando a R$ 86,36 por saca. Apesar da queda no contrato corrente na Bolsa de Chicago, o dólar continuou sustentando os preços.
A colheita de soja no estado de MT está quase finalizada, registrando 99,83% de sua área prevista colhida. No ano de 2019, para este mesmo período, o número era de 99,77%.